sexta-feira, 13 de junho de 2008

O tempo que foge - Ricardo Gondim



Contei os meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para frente do que já vivi até agora. Sinto-me como aquele menino que ganhou uma bacia de jabuticabas. As primeiras, ele chupou calmamente, mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço.


Já não tenho tempo para lidar com mediocridades. Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inchados. Não tolero gabarolices. Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte.

Já não tenho tempo para projetos megalomaníacos. Não participarei de conferências que estabelecem prazos fixos para reverter a miséria do mundo. Não vou mais a workshops onde se ensina como converter milhões usando uma fórmula de poucos pontos. Não quero que me convidem para eventos de um fim-de-semana com a proposta de abalar o milênio.

Já não tenho tempo para reuniões intermináveis para discutir estatutos, normas, procedimentos parlamentares e regimentos internos. Não gosto de assembleias ordinárias em que as organizações procuram se proteger e perpetuar através de infindáveis detalhes organizacionais.

Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturos. Não quero ver os ponteiros do relógio avançando em reuniões de “confrontação”, onde “tiramos fatos a limpo”. Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo cobiçado cargo de secretário do coral.

Já não tenho tempo para debater vírgulas, detalhes gramaticais sutis, ou sobre as diferentes traduções da Bíblia. Não quero ter que explicar porque gosto da Nova Versão Internacional das Escrituras, só porque há um grupo que a considera herética. Minha resposta será curta e delicada: - Gosto, e ponto final! Lembrei-me agora de Mário de Andrade que afirmou: “As pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos”. Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos.

Já não tenho tempo para ficar explicando aos medianos se estou ou não a perder a fé porque admiro a poesia do Chico Buarque e do Vinicius de Moraes; a voz da Maria Bethânia; os livros de Machado de Assis, Thomas Mann, Ernest Hemingway e José Lins do Rego.

Sem muitas jabuticabas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se considera eleita para a “última hora”; não foge de sua mortalidade, defende a dignidade dos marginalizados, e deseja andar humildemente com Deus. Caminhar perto delas nunca será perda de tempo.

terça-feira, 6 de maio de 2008

Marcas que eu gosto 2007

Diário de Pernambuco

Sem filas e longe do calor da rua

Livrarias oferecem facilidades e segurança para compras online

Neusa Rodrigues
DA EQUIPE DO DIARIO

No começo do ano, nem prometendo conforto, como ar condicionado, amplo estacionamento e manobrista, as livrarias garantem a tranquilidade dos pais mais escolados. Todo mundo que tem filho sabe a loucura que fica o comércio na época de comprar o material listado pelo colégio. Uma saída para aqueles que pretendem fugir das filas e dos aborrecimentos é comprar os produtos pela Web.
Algumas livrarias do Recife capricharam na segurança e na infra-estrutura dos seus sites, esperando o aumento da demanda. A Modelo Online (www.modelo-online.com.br) é um exemplo. Criada em abril do ano passado, a página lançou nesta semana o serviço de vendas online.
“A Modelo Online, que é uma unidade da corporação formada pelo Atacadão e livrarias Modelo, conta, por enquanto, com 2,5 mil itens”, informa a gerente Cristiane Farias. A empresa colocou dez listas de colégios na Rede, e pretende cadastrar o material solicitado por 20 colégios, até o final do mês.
INTERFACE - O internauta que entrar no site para procurar seus produtos contará com uma interface simples. É possível localizar um produto ou ir direto na lista escolar do estudante. No momento da compra, o internauta preenche uma ficha de cadastro e escolhe a forma de pagamento, que pode ser efetuado também no ato de entrega.
Nos pedidos acima de R$ 50, os clientes que moram na Região Metropolitana do Recife não pagam frete. Abaixo desse valor, a taxa é de R$ 3,50.
Um cadastro precisa ser feito para que o consumidor possa adquirir os produtos que colocou no carrinho. A home page possui o cadeado que indica a garantia de segurança de informações sigilosas, como o número do cartão de crédito, por exemplo.
A Modelo Online funciona num galpão localizado na avenida Mascarenhas de Moraes, que é o mesmo usado na distribuição de itens de todas as livrarias da companhia. Quinze pessoas recebem os pedidos por e-mail e encaminham os produtos para a casa do cliente por motoqueiros (de cinco a 20). A empresa garante a entrega num prazo de, no máximo, 48 horas.
MODULO - A Módulo Virtual (www. modulovirtual.com.br) é outra livraria da cidade que está investindo no e-commerce. Em seu terceiro ano de funcionamento, a loja virtual vai disponibilizar este ano, além de livros e produtos de papelaria, fardas e CDs. Estes últimos produtos deverão estar nas prateleiras em 60 dias. Enquanto isso, o forte das vendas será o material escolar pedido nas listas de dez colégios particulares cadastrados. A equipe que recebe a lista de produtos e encaminha a compra é formada por cinco profissionais, além dos cinco motoqueiros.
São 32,7 mil itens, entre material escolar, de escritório e microcomputadores. Qualquer pedido para o Grande Recife é entregue sem de taxa. Os produtos chegam em 72 horas. “A empresa espera que 5% dos clientes da loja adote a Web como meio de adquirir seus produtos.
Para compra de livros, uma boa opção, quando o frete permite, são as livrarias online da Sariava (www.saraiva.com.br) e da Lepostiche (em www.lepostiche.com.br).

http://www.pernambuco.com/diario/2001/01/12/info8_0.html

Escolar 2008 - JC / CBN - Recife

Consumo
Livrarias e editoras sem material escolar

08/02/2008 às 11h53


Do JC

Na reta final para o início do ano letivo, os pais de alunos enfrentam a escassez de livros didáticos e material escolar nas prateleiras das livrarias e editoras. A peregrinação pelas lojas não se justifica agora somente pela pesquisa de preço, mas acontece pela necessidade de encontrar o produto.

A aposentada Marinalva Pinto, 58 anos, já passou por mais de cinco livrarias e pelo sebo mas ainda tem quatro livros pendentes. A procura pela mercadoria, para os seus dois netos, começou ainda em janeiro e não terminou. "Na época disseram que só encontraria depois do Carnaval", lembra.

A professora Ana Paula de Lima, 35 anos, começou as compras no início de janeiro e somente nessa quinta conseguiu achar um livro de inglês para o filho. "No início de janeiro é mais fácil de comprar porque as pessoas normalmente deixam tudo para depois. Mas tive de voltar às compras após o Carnaval", conta.

O presidente da Associação de Pais e Alunos de Escolas Públicas e Privadas de Pernambuco (Aspape), Reginaldo Valença, critica a forma de distribuição de livros no País. "Normalmente as empresas mandam apenas uma cota para cá e só reforçam a oferta quando terminam de atender ao Centro-Sul. E a cota para o Nordeste é menor do que a demanda", reclama. Valença explica que muitos pais só encontram alguns títulos após o início do ano letivo. "Deveria existir a produção de livro regionalizada, mas haveria o problema de economia de escala", acrescenta Valença.

Alvarino Freitas, presidente da Associação do Nordeste de Distribuidores e Editores de Livros (Andelivros), ressalta que a falta dos produtos não é generalizada. "Há livros que vendem mais do que o previsto. Acontece com livros que achamos que não serão vendidos mas terminam sendo adotados", argumenta. O Carnaval também atrapalhou a entrega. Freitas conta que há veículos que ficaram sem poder transportar durante a festa de Momo por causa da intervenção de algumas vias do País. O empresário pede paciência aos pais e diz que, ao serem acionadas, as editoras levam até uma semana para trazer de São Paulo a mercadoria encomendada.

As livrarias têm adotado essa prática para atender aos clientes. Segundo Cristiane Farias, gerente do Atacadão de Papelaria, o cliente que fizer o pagamento do livro pendente recebe normalmente a encomenda em até dez dias. "Às vezes o livro chega no dia seguinte, às vezes leva mais tempo. Estamos dando dez dias só por garantia". Cristiane conta que é mais fácil repor material escolar. "Estamos fazendo reposições diárias. Há pessoas só para isso". Juliana Gomes, supervisora do Varejão do Estudante, explica que a empresa está fazendo pedido à editora todos os dias. "Se tiver livro na editora, ele chega em dois ou três dias. Se não tiver, não damos prazo. Procuramos sempre abastecer nosso estoque".

Fonte: http://jc.uol.com.br/cbnrecife/2008/02/08/not_78882.php

domingo, 4 de maio de 2008

Estratégia de MARKETING - TER ou Morrer...


"... O Sucesso não tem nada haver com as pessoas certas, as ferramentas certas, os exemplos certos ou a organização certa. Tudo isso ajuda, mas não o colocam no topo.
O segredo é ter a ESTRATÉGIA CERTA.
Porque a estratégia define a direção competitiva, dita o planejamento de produto, nos diz como comunicar interna e externamente, EM QUE FOCAR..."
Jack Trout



Pois é, comecei hoje a ler esse livro e o texto acima, ainda no prefácio, cutucaram meus tico e teco, interessante como grandes e médias empresas não pararam ainda para esse tão importante "detalhe" FOCO.

Muitas atiram para todos os lados, gastam grandes quantias em dinheiro e continuam dando murros em ponta de faca, é impressionante é inaceitável nos dias de hoje.

Bom, vou continuar ou melhor começar o livro depois volto aqui.. :)))

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

O Rei e a Frase



Recebi essa mensagem de uma pessoa bastante especial em minha vida....

Uma das minhas músicas prediletas chama-se: Como Uma Onda No Mar.. que literalmente foca em TUDO PASSA....

Essa é minha filosofia de vida.... independente de momentos bons ou ruins ... eles passam..,. cabe a gente administrar e guardar as boas lembranças, os bons momentos no coração... pois a tal felicidade tão falada é feita desses momentos..



Conta a velha lenda que um rei muito poderoso, ao enfrentar um outro rei tão poderoso quanto ele, quase perdeu tudo. Foram anos de batalhas, onde muitos soldados perderam a vida e muito ouro foi consumido. A guerra só acabou com a morte do rei inimigo, mas custou muito caro ao vencedor, que sentiu o peso da miséria na sua própria vida.



Foram necessários alguns anos para que o rei conseguisse, de novo, acumular fortuna, com muito trabalho nos campos e a conquista de outros lugares. Assim, meditando na sorte e no azar, na riqueza e na pobreza, o rei chamou seus sábios consultores e pediu que eles definissem, em uma única frase, esses dois momentos tão opostos, e que desse força para que ele superasse a falta de recursos, os problemas e dificuldades, e quando na riqueza não esquecesse dos mais pobres, das dificuldades do povo que ele comandava.




Essa frase vencedora daria honras e glórias ao seu criador e seria escrita na bandeira daquele reino, e seria inserida no brasão real. Por isso, os gênios de todos os cantos mandavam sugestões, enviando frases que mais pareciam histórias, porém longas e vazias.



Um dia, o rei - em um dos seus passeios pelos arredores do seu reinado - teve sede e parou perto de um casebre na estrada e um dos seus soldados bateu palmas. Um senhor bem sorridente o atendeu e logo trouxe água para o rei, em uma caneca simples mas muito limpa, o que impressionou o rei, que também ficou impressionado com a pureza e o frescor da água. Curioso, o rei desceu e resolveu entrar no casebre e se surpreendeu com a paz do ambiente, com a limpeza e as pequenas flores em cada canto daquele cômodo humilde.



O rei, então, perguntou ao camponês como ele conseguia ser feliz naquele lugar, tão longe de tudo e vivendo em tamanha simplicidade. O camponês contou que, no passado, tivera bens e posses, era alfaiate e tinha uma grande freguesia, chegou a ter muito dinheiro, mas perdeu tudo com o ataque de um rei muito poderoso naquela região e ele teve que mendigar pelas ruas para comer. Andou muito, conheceu muitas vidas e muitas realidades, até encontrar esse lugar, que hoje ele chama de "pedacinho do céu", e mostrou ao rei uma tabuleta, onde ele mandou gravar a frase da sua vida, para que ele se lembrasse sempre, na alegria ou na tristeza, na saúde ou na doença, na pobreza ou na riqueza, que ele podia superar tudo, desde que se lembrasse dessa verdade escrita na tabuleta. Lá estava a frase que o rei tanto buscava, lá estava escrito, em apenas uma linha, toda a filosofia que seus sábios não souberam explicar, lá estava escrito:


"Tudo passa!"



E, agora, eu te ofereço essa tabuleta, leve-a com você por onde for, na certeza de que esse momento que você vive, seja ele de muita alegria ou de dor, vai passar e você deverá seguir em frente, sem olhar para trás, rumo à felicidade, na conquista do seu "pedacinho de céu", porque tudo passa, mas você é eterno.



Eu acredito em você!